Olá pessoal, essa semana rolou na internet, uma notícia sobre o CyberBullying contra uma garota. Fiquei muito indgnado com isso. Já denunciei as páginas no Facebook que estavam espalhando zoações contra essa garota. Realmente, só babacas mesmo que fazem isso...
O cyberbullying de uma garota, o lado perverso da internet e o que seus filhos têm a ver com isso.
Julia Gabriele |
Julia Gabriele é uma menina de 11 anos que, como todas as meninas de 11 anos, está no Facebook.
Há alguns dias, uma foto dela foi compartilhada (ou “roubartilhada”,
como diz meu amigo Caco de Paula) por uma das milhares de páginas de
“humor” do FB. O autor fazia uma piada com as sobrancelhas grossas de
Julia — um meme. Rapidamente, o retrato conseguiu mais de 5 mil
compartilhamentos. Seguiram-se comentários tenebrosos. Não demorou para o
perfil de Julia ser invadido por gente postando fotos de pinças e
tesouras, entre outros dando dicas de como ela deveria cuidar de seus
pelos faciais.
Julia é uma nova vítima do cyberbullying, a prática da difamação e de
humilhação da internet. Se fosse há 20 anos, provavelmente ela seria
ridicularizada na sala de aula. Hoje, com as redes sociais, as salas de
aula têm milhões de valentões anônimos.
A culpa é da internet? Sim e não. A web amplifica o pior e o melhor
das pessoas. Nunca houve tanto acesso ao conhecimento e à informação.
Mas ela criou monstros sem rosto, que acham que são impunes. Não são.
Podem ser processados. O próprio Facebook permite que o bullying seja
denunciado. Uma das páginas humorísticas já foi retirada do ar. Outras
continuam lá, como a de um certo “Ted Putão”, inspirado no urso de
pelúcia que protagonizou uma comédia de Seth McFarlane. Ted Putão, seja
lá quem for, tem 388 mil likes e define o que faz como “humor
controversial (sic)”. Publicou que “pelo menos ela ficou famosa, vai
para o programa da Eliana e vai raspar a sombrancelha! É nóis fazendo os
nego feliz, eita orgulho desses putões HAUHAUAHUA” (Você conhece alguém
pela capacidade de escrever HUAHAUHAUHAU ou KKKKKKKK).
“Pelo menos ela ficou famosa e vai raspar a sombrancelha!” Ass.: Ted Putão |
Julia, obviamente, sentiu o golpe. “Todas as pessoas estão rindo de
mim, pessoas da minha cidade, pessoas que conheço, aqui na internet,
estou chorando o dia inteiro por causa de vcs”, escreveu. Ontem circulou
um boato de que havia se suicidado, o que não era verdade (uma
americana de 13 anos se matou o ano passado por causa desse tipo de
coisa; a família de outra ganhou 1 milhão de dólares na justiça). Gente
que se compadeceu da história de Julia acabou criando tributos no
Facebook.
O estrago, porém, está feito. Agora, no Twitter, Julia está sendo
trolada, a pegação no pé da era digital. É um massacre. Maldade,
estupidez, sadismo, fofoca, o horror, o horror – tudo isso com erros de
português dignos do Enem por cima. (Para ser justo, a indignação também
chegou ali).
Julia não é a primeira e não será a última a passar por isso. “Ficou
bastante claro que nossa tecnologia superou nossa humanidade”, disse
Einstein. Ao ver seus filhos grudados em telas em sua casa, no
restaurante ou no carro, lembre-se de que eles podem estar vendo vídeos
de bandas das quais você gosta, conversando com os amigos da escola,
lendo o Diário – ou assistindo a execração pública de uma criança. Por
via das dúvidas, dê um livro para eles ou leve-os para passear de
bicicleta. Ainda que eles se machuquem, é mais saudável.
Fonte: http://diariodocentrodomundo.com.br/o-caso-de-julia-gabriele-11-anos-execrada-publicamente-nas-redes-sociais-por-causa-de-sua-sobrancelha/
Fonte: http://diariodocentrodomundo.com.br/o-caso-de-julia-gabriele-11-anos-execrada-publicamente-nas-redes-sociais-por-causa-de-sua-sobrancelha/
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